terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Falta de energia no Rio e na Baixada foi causada por poda de árvore, diz Furnas

Bairros da Zona Norte trechos da Ilha ficaram sem luz. Problema afetou metrô e aeroporto



O Aeroporto Internacional Tom Jobim também ficou sem luz por conta do problema em subestação de Furnas
Foto: Hudson Pontes / O Globo
O Aeroporto Internacional Tom Jobim também ficou sem luz por conta do problema em subestação de FurnasHUDSON PONTES / O GLOBO
RIO - A falta de energia que afetou o Aeroporto Tom Jobim, o metrô, além de deixar bairros do Rio e da Baixada sem energia foi provocada por uma poda de árvore. É o que afirma a nota divulgada na tarde desta terça-feira por Furnas. De acordo com a companhia, os desligamento das LT Angra-São José e LT Adrianópolis-São José, que abastecem a região, aconteceram durante os serviços de poda seletiva de árvores na altura do município de Lídice, o que teria provocado um curto e o desligamento dos circuitos de 500kV que alimentam a Subestação São José, localizada na Baixada Fluminense.
“Não houve danos aos equipamentos, as linhas de transmissão foram imediatamente liberadas para reenergização e o abastecimento foi prontamente restabelecido”, afirma trecho da nota de Furnas, que mais cedo havia informado que o desligamento aconteceu por volta das 10h40m, o que provocou a atuação automática do esquema de controle de emergências que levou ao corte seletivo de cargas.
A falta de energia atingiu vários pontos da cidade e da Baixada na manhã desta terça-feira. Houve queda de luz em bairros da Zona Norte e na Ilha do Governador. Já na Cidade Nova, em Botafogo e em Copacabana, leitores relataram apenas picos de luz. O problema afetou sinais de trânsito nessas regiões e atingiu o metrô e o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim. Em nota, a Light ressaltou que a falha na transmissão de energia ocorreu no Sistema Interligado Nacional (SIN) e não tem relação com o sistema de distribuição da empresa. Segundo a concessionária, ao meio-dia a energia elétrica foi totalmente restabelecida no Rio. A interrupção afetou cerca de 840 mil clientes da empresa. Já a Ampla informou que a interrupção do fornecimento atingiu cerca de 100 mil clientes de sua área de concessão. De acordo com a assessoria da empresa, foram afetados os bairros de Campos Elísios, Saracuruna , Jardim Primavera, Figueira, Mauá e Parque Império, em Duque de Caxias.
A concessionária Metrô Rio disse que o corte externo de fornecimento de energia provocou o fechamento de 11 estações, entre Nova América e Pavuna, que ficaram 55 minutos sem operar. O fluxo de trens foi retomado às 11h29m. De acordo com o Metrô, ninguém ficou preso nas composições. Segundo a concessionária, um pico rápido de energia afetou também algumas estações da Zona Sul, mas o tráfego não foi afetado nesse trecho. O leitor Gustavo Costa Ribeiro relatou, no entanto, que ficou parado no metrô pelo segundo dia consecutivo:
— Desta vez, a alegação da empresa comunicada pelo condutor foi uma queda de energia, o que está gerando a interrupção do serviço entre as estações Ipanema e Cardeal Arcoverde. Neste momento, estou dentro da composição que está parada na estação do Cantagalo, sem previsão de retorno. Enquanto isso, o calor só aumenta e o meu atraso ao trabalho também. É visível o despreparo da empresa em resolver problemas recorrentes. Me desejem boa sorte. E até o próximo capítulo da novela Metrô Rio - disse ele, enquanto estava dentro do vagão.
O terminal 1 do Aeroporto do Galeão ficou mais de 15 minutos sem energia elétrica nesta manhã. Por volta de 11h, a luz começou a ser restabelecida no terminal. Os painéis eletrônicos ficaram apagados, e algumas companhias áreas fecharam seus guichês. Ao meio-dia, o problema voltou a afetar o terminal. Às 13h, a Infraero informou que a energia do Galeão já estava normalizada e que a interrupção no fornecimento de luz não afetou o tráfego aéreo.
O secretário municipal de Conservação, Carlos Roberto Osório, disse em seu Twitter, por volta de 11h40m da manhã, que a falta de energia atingiu também o teleférico do Complexo do Alemão. Ele ficou parado por 20 minutos no bondinho, que funcionava apenas com geradores para retirar os passageiros. Apesar do post do secretário, a assessoria da secretaria negou que Osório tenha ficado preso.
O leitor José Carlos Pereira de Carvalho contou que a queda de luz provocou defeitos em um dos computadores do escritório em que ele trabalha, na Rua Evaristo da Veiga, no Centro:
— A queda de luz também desligou os aparelhos de ar-condicionado. Minha esposa relatou que o Hospital dos Servidores do Estado, onde ela trabalha está operando com o auxílio de um gerador.

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