sábado, 10 de setembro de 2011

Suspeito de desviar dinheiro do Sesi gastou o dinheiro em um mês


Antes de ser preso, o suspeito de invadir o sistema bancário do Serviço Nacional da Indústria (Sesi), o jovem Mario Dias Neto, de 30 anos, passou o último mês agindo como um milionário. Investigação da Polícia Civil concluiu que o especialista em tecnologia da informação adquiriu veículos importados, roupas de grifes caras, além de bancar festas e viagens, com hospedagem em hóteis de alto luxo. O rapaz desviou R$ 360 mil do Sesi.

O delegado responsável pelas investigações, Roberval Maurício Rodrigues, do Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras), informou à imprensa que Neto comentou que seus amigos achavam que ele havia ganhado na loteria, por conta do padrão de vida. O dinheiro furtado por meio do sistema bancário do Sesi teria caído na conta do suspeito no dia 4 de agosto.

Ao constatar que seria rastreado, Neto resolveu gastar o dinheiro furtado. Ontem (9), depois de ser preso, Neto conversou com a imprensa e admite estar arrependido do que fez. O jovem se defende afirmando ter cometido o furto para mostrar falhas no banco de armazenamento de dados.

“Eu não me orgulho do que eu fiz, mas eu fiz para mostrar para quem quisesse ver que o sistema é falho”, disse Mario Dias Neto.

O rapaz, que por um ano trabalhou no Sesi, garante que na época alertou a entidade sobre a vulnerabilidade do banco de dados e, segundo ele, nada foi feito. No mês de abril deste ano, Mario foi demitido, segundo ele, por mau comportamento.

“Eu avisei várias vezes, mas eles mandavam eu deixar para lá”, conta o especialista em tecnologia da informação.

De acordo com o Garras, o suspeito será indiciado por furto qualificado mediante fraude e poderá pegar de dois a quatro anos de prisão pelo crime. Os bens comprados por Neto devem ser entregues à Justiça.

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