quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Nos EUA, debate republicano coloca oito pré-candidatos à prova nesta quarta


Oito pré-candidatos republicanos para disputar a Presidência dos EUA em 2012 devem ser colocados à prova num dos primeiros grandes debates em rede nacional antes do início oficial da corrida eleitoral nos EUA na noite desta quarta-feira. O tema principal deve ser a recuperação econômica americana e a necessidade urgente de geração de empregos.
Rick Perry, Michele Bachmann, Herman Cain, Newt Gingrich, Jon M. Huntsman Jr., Ron Paul, Mitt Romney e Rick Santorum enfrentam-se numa biblioteca e fundação dedicada ao ex-presidente Ronald Reagan, na cidade de Simi Valley, na Califórnia.

Imagem mostra republicanos Perry (esq.), Bachmann, Cain, Gingrich, Huntsman Jr., Paul, Romney e Santorum

A sabatina chega um dia antes do aguardado discurso do presidente americano, Barack Obama, sobre geração de empregos. Espera-se que ele anuncie um plano com investimentos que, segundo a mídia dos EUA, podem girar entre US$ 300 e U$ 400 bilhões.Obama neutralizará os custos no curto prazo pedindo para que o Congresso aumente a receita fiscal em uma proposta para a redução do deficit que será exposta por ele na semana que vem, relatou a agência de notícias Bloomberg, sem citar fontes. A Casa Branca não comentou as notícias.
Os assessores de Obama têm se recusado a divulgar o custo estimado do pacote de Obama ou fornecer detalhes antecipadamente. Eles afirmam apenas que as propostas terão um impacto "rápido e positivo" na criação de empregos em uma época de alto desemprego nos Estados Unidos.
Romney, um dos favoritos entre os republicanos, apresentou ontem (6) seu próprio plano para aumentar a criação de empregos no país.
O plano do republicano reflete a visão mais moderada do partido, com ênfase no corte de impostos e na eliminação de regulação econômica. Romney também quer promover acordos de livre comércio com outros países e estimular a produção interna de energia, inclusive energia nuclear, petróleo, gás e carvão, e buscar uma emenda constitucional para equilibrar o orçamento.
Entre as propostas de Romney está a criação da Zona de Livre Comércio Ronald Reagan, o que, segundo o "Times", é um exemplo de outro tema que figura entre a agenda dos pré-candidatos --a fascinação pelo uso da imagem e de conceitos que remontem ao governo Reagan.
Não por acaso, o debate ocorre numa biblioteca e fundação dedicada ao ex-mandatário.
FAVORITOS
Para o "New York Times" e o "Politico", site especializado em política interna americana, todas as atenções estarão voltadas para Rick Perry, atual governador do Texas, último a entrar no time de pré-candidatos e primeiro a enfrentar um evento de grande porte na corrida pré-eleitoral.
Embora a maioria das pesquisas apontem o ex-governador de Massachussets Mitt Romney como favorito, Perry começa a ser bem cotado na disputa e ganha atenção entre os americanos.
Em sondagens recentes, Perry chegou a passar Romney em 19 pontos, marcando 36% contra 17%.
Em terceiro lugar chega a polêmica deputada por Minnesota Michele Bachmann, integrando do movimento ultraconservador Tea Party, seguida pelo deputado texano Ron Paul, de orientação libertária.
PEDIDO REPUBLICANO
Mais cedo, cerca de dez senadores republicanos pediram que Obama envie ao Congresso três protelados acordos internacionais de comércio que, segundo eles, contribuiriam para a geração de empregos nos EUA.
"Se o presidente realmente se importa com os empregos, ele irá submeter os acordos imediatamente", disse o senador Rob Portman a jornalistas, referindo-se aos acordos com Coreia do Sul, Panamá e Colômbia, que foram assinados há mais de quatro anos, mas não receberam ratificação parlamentar.
Na noite de quinta-feira, Obama fará um discurso no qual apresentará propostas para a geração de empregos. Os senadores criticaram o presidente por repetidamente pedir ao Congresso que aprove os acordos comerciais, mas sem enviá-los formalmente.
"Não podemos aprová-los se ele não os envia", disse o senador Roy Blunt, lembrando que os tratados estão sobre a mesa de Obama desde sua posse, em janeiro de 2009.
O governo estima que os acordos irão ampliar em cerca de US$ 13 bilhões as exportações norte-americanas, contribuindo para a criação ou preservação de cerca de 70 mil postos de trabalho.
A Casa Branca ainda não submeteu os textos ao Congresso porque sua prioridade é renovar o programa de Assistência do Ajuste Comercial (TAA, na sigla em inglês), destinado a ajudar na requalificação de trabalhadores que perderam seus empregos devido à concorrência internacional.

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