sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Forças rebeldes avançam sobre últimos redutos pró-Kadhafi na Líbia



Centenas de combatentes leais ao novo governo da Líbia avançaram nesta sexta-feira (16) sobre a cidade-natal do ex-líder Muammar Kadhafi, relatou uma testemunha à agência de notícias Reuters.
Dezenas de caminhões com metralhadoras e também quatro tanques foram vistos na estrada de acesso à cidade.
Rebeldes avançam em direção à cidade de Bani Walid, ainda sob controle de forças leais ao ex-ditador Muammar Kadhafi (Foto: Alexandre Meneghini/AP)Rebeldes avançam em direção à cidade de Bani Walid, ainda sob controle de forças leais ao ex-ditador Muammar Kadhafi (Foto: Alexandre Meneghini/AP)
Segundo a emissora de TV árabe 'Al-Jazeera', as forças do Conselho Nacional de Transição (CNT) tomaram o controle do aeroporto de Sirte.
Quatro semanas depois de ser derrubado,  o ex-ditador Muammar Kadhafi, de 69 anos, continua foragido e conta com a lealdade de centenas de combatentes em Sirte, em Bani Walid e na região de Sabha, nos confins do Saara.
Ao mesmo tempo, combatentes do novo governo travavam um feroz combate contra seguidores de Kadhafi na cidade de Bani Walid, localizada em meio ao deserto e um dos últimos redutos do regime deposto.
Visita
Nesta quinta-feira, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, foram recebidos como heróis na Líbia, no mesmo momento em que as forças do Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político da rebelião anti-Muammar Kadhafi, anunciavam a entrada de suas tropas em Sirte, cidade-natal e um dos redutos do coronel. Nesta sexta-feira foi a vez de o primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, chegar a Trípoli com ofertas de ajuda.

O presidente francês afirmou durante uma coletiva de imprensa conjunta com Cameron e com os líderes do CNT em Trípoli, que Muammar Kadhafi, foragido desde o dia 23 de agosto, é ainda um perigo e que, portanto, ainda há trabalho a ser feito. O primeiro-ministro britânico prometeu ajuda nesta tarefa.
Primeiros líderes ocidentais a visitarem a Líbia depois da queda de Kadhafi, no poder desde 1969, Sarkozy e Cameron chegaram e foram cercados por uma multidão na cidade de Benghazi, que serviu de "capital" aos rebeldes durante os mais de seis meses de insurreição contra o regime.
"O compromisso da Otan com a Líbia não terminou", acrescentou o chefe de Estado francês. "Devemos continuar com a missão da Otan até que todos os civis estejam protegidos e até que nosso trabalho termine"."Nós ajudaremos vocês a encontrar Kadhafi para apresentá-lo à justiça", disse o primeiro-ministro britânico.
Cameron explicou que a Otan, que lidera as operações militares desde o dia 31 de março, manterá sua missão até que todas as cidades e regiões líbias, principalmente Sirte e outras localidades do Saara, sejam libertadas do controle dos pró-Kadhafi.

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