segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Premier britânico consegue derrubar proposta de plebiscito contra UE Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/10/24/premier-britanico-consegue-derrubar-proposta-de-plebiscito-contra-ue-925651547.asp#ixzz1bko8hMrA © 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.


LONDRES e BRUXELAS. A crise da dívida na zona do euro está fazendo os britânicos perderem sua famosa fleuma. Uma ala rebelde do Partido Conservador propôs a convocação de um plebiscito popular para votar a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) - mas o premier David Cameron ordenou que seu partido votasse contra. Depois de cinco horas de debates, a proposta foi derrotada no Parlamento, com 111 votos a favor e 483 contra.
A proposta foi motivada por um abaixo-assinado com mais de 100 mil nomes. A proposta era fazer um plebiscito, para que a população decidisse se o Reino Unido deveria ficar na UE, deixar o bloco ou renegociar sua posição como membro.
O plebiscito tinha amplo apoio popular, de acordo com uma pesquisa feita pelo jornal "The Guardian" em parceria com a consultoria ICM. Esta mostrava que 70% dos britânicos era a favor do referendo, enquanto 49% votariam pela saída da UE.
Para oposição, 'melhor resposta' é reformar o bloco
Mesmo derrotada, a proposta é vista como uma rebelião dentro do bloco governista. Segundo a BBC, dois assessores ministeriais que votaram a favor do plebiscito devem perder seus cargos no governo. O presidente da Câmara, Sir George Young, disse à BBC que cerca de 80 parlamentares do Partido Conservador votaram pelo plebiscito, contrariando as ordens de Cameron.
O líder da oposição, o trabalhista Ed Miliband, concordou com Cameron de que este não é o momento para um plebiscito sobre a UE.
- A melhor resposta para as preocupações do povo britânico com os problemas da União Europeia é reformar sua estrutura, não abandoná-la - disse Miliband à BBC.
Tentando acalmar os parlamentares rebeldes, Cameron disse que mantém seu compromisso a "retornar com mais poderes" de Bruxelas.
- Estão sendo feitas perguntas fundamentais sobre o futuro da zona do euro, bem como sobre o formato da própria UE - afirmou o premier. - Estão surgindo oportunidades para fazer avançar nossos interesses nacionais.
David Nuttall, o autor da proposta, argumentou que há no país mais de 40 milhões de jovens eleitores que não foram consultados sobre a UE. Ele disse ainda que o Parlamento britânico está ficando impotente enquanto os "tentáculos" da UE "invadem cada vez mais a vida nacional".


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