segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bovespa cai quase 2% no dia, mas fecha o mês com maior alta desde 2009

A Bolsa brasileira terminou a sessão no vermelho nesta segunda-feira (31), mas isso não o impediu de acumular alta de 11,5% em outubro, a primeira alta mensal desde março e o melhor mês desde maio de 2009.
O Ibovespa, principal índice das ações na Bolsa paulista, fechou hoje em queda de 1,97%, aos 58.338,39 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,03 bilhões.
No acumulado do mês, a Bovespa teve ganhos de 11,49%. Essa foi a primeira alta mensal desde março, quando ganhou 1,79%. Além disso, é a maior valorização mensal desde maio de 2009, quando a Bovespa acumulou lucros de 12,49%.
No acumulado de 2011, porém, a Bovespa tem prejuízo de 15,82%.
Nos Estados Unidos, os mercados também registraram fortes baixas no dia, mas tiveram o melhor mês desde 1991. O índice Dow Jones fechou em queda de 2,26%. O S&P 500 registrou desvalorização de 2,47%. Já o Nasdaq perdeu 1,93%.

Dólar tem maior baixa mensal em oito anos e meio

dólar comercial registrou valorização hoje, acompanhando um movimento de realização de lucros no mercado externo. A moeda norte-americana fechou em alta de 1,08%, a R$ 1,703 na venda.
Em outubro, o dólar acumulou desvalorização de 9,51%. É a maior queda mensal desde abril de 2003, quando a moeda recuou 13,20%, pouco meses após a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2011, a moeda acumula alta de 2,20%.

Ações de destaque na Bovespa

Nesta segunda-feira, ações de empresas de construção foram alguns dos destaques negativos. MRV (MRVE3) caiu 6,06%, a R$ 12,10, enquanto Rossi (RSID3) recuou 5,65%, a R$ 10,85.
Entre as blue chips, as preferenciais da Vale (VALE5) perderam 2,11%, a R$ 40,80, enquanto a da Petrobras (PETR4) caiu 1,2%, a R$ 21,32.

Bolsas internacionais

As Bolsas de Valores da Europa encerraram o dia em queda, com preocupações sobre a dívida da Itália e o pedido de falência da MF Global levando investidores a embolsar lucros.
Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 2,77%, a 5.544 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX recuou 3,23%, para 6.141 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 caiu 3,16%, para 3.242 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em baixa de 3,82%, a 16.017 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou perda de 2,92%, para 8.954 pontos.
As Bolsas de Valores asiáticas fecharam em baixa, enquanto o dólar disparava para a máxima em três meses contra o iene após uma intervenção do Japão, com investidores realizando lucros após o rali da semana passada.
O ministro das Finanças, Jun Azumi, disse que o Japão interveio de forma unilateral nos mercados de câmbio nesta segunda-feira, para conter oscilações especulativas que não refletem a saúde da economia do país.
Em Tóquio, o índice Nikkei teve baixa de 0,69%, aos 8.988 pontos, mas ainda encerrou o mês com ganho de 3,3%. Os investidores realizaram lucros, temendo que o iene não fique contido por muito tempo. A força persistente da moeda gera dúvidas sobre os resultados das empresas japonesas.

Boletim Focus

O mercado reduziu, pela quarta semana consecutiva, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, para 3,29% neste ano. Na semana passada o boletim do Banco Central (BC) apontava para avanço de 3,30%, e há um mês as projeções estavam em 3,51%.

Houve também redução nas previsões de crescimento da economia para 2012. A mediana dos analistas consultados pelo BC aponta para avanço de 3,50% no PIB do próximo ano, o que representa recuo após estimativa, há uma semana, de avanço de 3,51% para 2012. Há um mês as projeções apontavam crescimento de 3,70% no próximo ano.

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