segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Com sessões concorridas, filme de Nanni Moretti sobre papa ganha exibição extra nesta terça-feira (1)


Em seu novo filme, "Habemus Papam", o italiano Nanni Moretti se concentra na relação entre um papa recém-eleito e seu terapeuta


Um dos mais aguardados filmes da Mostra de São Paulo 2011, a comédia "Habemus Papam", de Nanni Moretti, ganha sessão extra nesta terça-feira (1), às 23h59. As exibições inicialmente programadas tiveram ingressos esgotados com antecedência e também ocorreram problemas na sessão de estreia do filme na Mostra.



Lançado na Itália em abril deste ano e selecionado para a mostra competitiva do Festival de Cannes, o filme conta a história de um sucessor fictício de João Paulo 2º que, tão logo é eleito para o cargo, entra em uma crise de nervos e foge para não ter de assumir o pontificado.

O personagem é interpretado pelo experiente Michel Piccoli ("A Bela da Tarde", "O Desprezo"), em uma atuação que alterna o tragicômico e o absurdo.

Mais amalucada ainda é a ideia dos cardeais do Vaticano na tentativa de contornar o problema: contratam um psicanalista freudiano - e ateu - para ajudar a convencer o papa eleito a assumir sua missão religiosa. Ou desistir dela de uma vez.

Menos político e crítico que se poderia esperar de um filme de Moretti, conhecido por suas posições de esquerda, "Habemus Papam" brinca com dogmas e o excesso de formalidades que rondam a instituição do papado.

Estrelado pelo próprio Moretti, que dirige e atua na pele do psicanalista, o filme tem entre seus pontos altos um bizarro torneio de vôlei por equipes que os cardeais de diversos países resolvem disputar enquanto aguardam o retorno do papa fujão.

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