terça-feira, 1 de novembro de 2011

Referendo vai confirmar que Grécia 'pertence ao euro’, diz Papandreou

Primeiro-ministro quer referendo sobre ajuda europeia ao país.
Governo enfrenta resistência da oposição e de membros do próprio partido.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, afirmou nesta terça-feira (1º) que seu plano de realizar um referendo sobre o acordo europeu para ajuda ao país vai “tornar claro que o país pertenceu ao euro, e as turbulências no mercado financeiro serão passageiras”.
“O referendo será uma mensagem clara dentro e fora da Grécia sobre nosso caminho europeu e nossa participação no euro”, afirmou, segundo comunicado enviado pelo seu gabinete. “Ninguém poderá duvidar do curso da Grécia dentro do euro”, disse.
Papandreou afirmou que os parceiros da Grécia deverão apoiar suas políticas e pediu que os líderes do G20, que se reúnem esta semana em Cannes, na França, garantam que a democracia “está acima dos apetites de mercado”.
Aproximadamente 60% dos gregos enxergam a cúpula dos líderes europeus na semana passada, que acertou um novo pacote de ajuda, como negativo ou provavelmente negativo, mostrou uma pesquisa divulgada no sábado. Para garantir a parcela de ajuda, o parlamento grego aprovou, no último dia 20, um novo pacote com medidas de austeridade que buscam melhorar as precárias contas públicas do país, reduzindo o déficit de 10,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 para 8,5%.
Mais cedo, um porta-voz do gabinete, Angelos Tolkas, afirmou que o governo acredita que receberá um “voto de confiança” na sexta-feira, quando o referendo será discutido – e, acredita ele, aprovado – pelo parlamento.
“Nós acreditamos que o governo vai novamento receber um voto de confiança para prosseguir com seus planos (de realizar o referendo)”, disse Tolkas.
O governo de George Papandreou enfrenta a possibilidade de colapso, depois que membros de seu partido ameaçaram desertar após a proposta do primeiro-ministro de realizar o referendo. Parlamentares da oposição pediram eleições antecipadas para substituir o chefe de governo do país.

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