sexta-feira, 22 de junho de 2012


Federação do Comércio de Rondônia se coloca contra feriado criado em homenagem aos evangélicos

Federação do Comércio de Rondônia se coloca contra feriado criado em homenagem aos evangélicos
Na última segunda feira (18) foi comemorado em Rondônia o dia do evangélico. A data foi tornada feriado oficial no estado por projeto de lei do deputado estadual Maurão de Carvalho (PP). A lei vigora no estado desde 2001, porém está sendo contestada no Supremo Tribunal Federal pela Federação do Comércio do estado. Por motivo dessa contestação o comércio funcionou normalmente durante o feriado.
De acordo com o Portal de Notícias de Rondônia, a instituição, que representa os comerciantes do estado, alega que ao declarar feriado o Estado invadiu o que é uma competência da União por mexer na questão de Direito do Trabalho
Rubens Nascimento, dirigente da Fecomércio-RO, cita a laicidade do estado com um dos motivos para a contestação do feriado. “O Brasil é um país laico, e seus habitantes possuem liberdade de culto. Os evangélicos merecem todo o respeito, mas obrigar seguidores de outras religiões a comemorarem a data fechando suas portas é não respeitar essa liberdade religiosa”, argumentou.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI-3940 foi impetrada pela Confederação Nacional do Comércio – CNC depois que a Fecomércio fez a denúncia contra o projeto que se tornou lei, e deve agora ser julgada pela Corte Suprema. A ação tramita desde 2007, e já recebeu um parecer favorável da Procuradoria Feral da República. Seu relator é o ministro Gilmar Mendes.
Comentando a nota oficial da Fecomércio-RO que comunicava o funcionamento normal do comércio na capital Porto Velho, o autor da lei afirmou pediu para que a instituição respeite a população evangélica do Estado e afirmou: “É uma lei estadual que deve ser respeitada como qualquer outra Lei. Os parlamentares, os evangélicos e todos os cidadãos devem ser respeitados em seus direitos”.
Carvalho explicou ainda sua motivação ao criar a lei, afirmando que sua intenção foi a de homenagear “esses cristãos tementes a Deus e presentes, em grande número, nos 52 municípios, vilas e distritos de Rondônia. Homens, mulheres e jovens de louvor e oração que lutam incansavelmente pelo direito da dignidade humana”.

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