terça-feira, 12 de junho de 2012


Augustus Nicodemus critica distorção bíblica da teologia da prosperidade e afirma que “bênção vinda de Deus é graça e não direito”. Leia na íntegra

Augustus Nicodemus critica distorção bíblica da teologia da prosperidade e afirma que “bênção vinda de Deus é graça e não direito”. Leia na íntegra
O reverendo presbiterianoAugustus Nicodemus abordou a teologia da prosperidade em um artigo publicado no blog “O tempora, O mores”, e fez comparativos entre erros e acertos da mensagem baseada nos princípios da busca pelo enriquecimento através da Bíblia.
Segundo Nicodemus, a teologia da prosperidade erra na ênfase que aplica aos textos bíblicos, e que ela passa por verdadeira pois não comete “heresias” em relação à pessoa de Jesus Cristo.
-Uma das razões pela qual os evangélicos têm dificuldade em perceber o que está errado com a teologia da prosperidade é que ela é diferente das heresias clássicas, aquelas defendidas pelos mórmons e “testemunhas de Jeová” sobre a pessoa de Cristo, por exemplo. A teologia da prosperidade é um tipo diferente de erro teológico. Ela não nega diretamente nenhuma das verdades fundamentais do Cristianismo. A questão é de ênfase. O problema não é o que a teologia da prosperidade diz, e sim o que ela não diz – afirma o chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Augustus Nicodemus afirma que a teologia da prosperidade “está certa quando diz que Deus tem prazer em abençoar seus filhos com bênçãos materiais, mas erra quando deixa de dizer que qualquer bênção vinda de Deus é graça e não um direito que nós temos e que podemos revindicar ou exigir dele”.
O reverendo ressalta que a pregação teológica que enfatiza o enriquecimento acerta ao “identificar os poderes malignos e demoníacos por detrás da opressão humana, mas erra quando deixa de identificar outros fatores como a corrupção, a desonestidade, a ganância, a mentira e a injustiça, os quais se combatem, não com expulsão de demônios, mas com ações concretas no âmbito social, político e econômico”.
Falando sobre a influência que a teologia da prosperidade recebe da teologia de confissões positivas, Augustus Nicodemus  afirma que estas “não têm poder algum em si mesmas para fazer com que Deus nos abençoe materialmente”.
Para o reverendo presbiteriano, “a teologia da prosperidade, à semelhança da teologia da libertação e do movimento de batalha espiritual, identifica um ponto biblicamente correto, abstrai-o do contexto maior das Escrituras e o utiliza como lente para reler toda a revelação, excluindo todas aquelas passagens que não se encaixam”.
Nicodemus encerra seu artigo afirmando que o resultado disso é a distorção da religião cristã em sua essência: “Ao final, o que temos é uma religião tão diferente do Cristianismo bíblico que dificilmente poderia ser considerada como tal. Estou com saudades da época em que falso mestre era aquele que batia no portão da nossa casa para oferecer um exemplar do livro de Mórmon ou da Torre de Vigia”, referindo-se às seitas Mórmon e Testemunhas de Jeová, que são consideradas heréticas.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Afinal, o que está errado com a teologia da prosperidade”, do reverendo presbiteriano Augustus Nicodemus:

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