quarta-feira, 20 de junho de 2012


Famílias evangélicas têm suas casas destruídas e incendiadas por católicos tradicionalistas

Famílias evangélicas têm suas casas destruídas e incendiadas por católicos tradicionalistas
No final da última semana 19 casas de famílias indígenas foram destruídas por um grupo de católicos tradicionalistas na comunidade Yashtinin, município de San Cristóbal de Las Casa, em Chiapas no México. O motivo da violência foi o fato dessas famílias professarem a fé protestante. Além de terem suas casas destruídas, e uma delas incendiada, as famílias foram expulsas do município.
A perseguição religiosa está presente há anos na etnia tzotzil, mas a tensão entre os grupos se tornou mais intensa nos dias que antecederam o ato de violência, quando um grupo de católicos ameaçou expulsar do povoado os evangélicos, se estes não rejeitassem sua fé e se submetessem publicamente ao catolicismo e aos seus costumes.
Segundo o site Acontecer Cristiano, após a celebração de um culto no domingo (10), na igreja Maranata, os católicos encarceraram os evangélicos em uma prisão rural e, após os libertar, afirmaram que eles não tinham mais o direito de viver na comunidade.
Jesús Felipe Hernández, pastor dos evangélicos que foram expulsos da comunidade, contou como aconteceu a ação. “Tivemos que sair à noite porque estávamos com medo de ficar na comunidade”, disse Hernandez, informando ainda que dezenas de pessoas com facões e machados destruíram suas casas e queimaram uma delas. O pastor acrescentou que o único crime deles foi “buscar a Jesus e anuncia-lo aos nossos irmãos”.
O pastor ressalta que o motivo da perseguição foi “uma celebração que é permitida pelas leis mexicanas, e pela Bíblia”. Ele conta ainda que cerca de 40 pessoas, membros da igreja Maranata, não obedeceram à ordem de expulsão e foram ameaçados que, se não deixassem Yashtinin em três dias, iriam ser amarrados, queimados vivos e suas mulheres e meninas seriam estupradas, segundo informou Hernandez.
O pastor Esdras Alonso González tem feito um apelo entre as autoridades públicas para a proteção das comunidades indígenas onde os conflitos religiosos estão se intensificando, e afirma que a recente agressão agrava ainda mais o conflito da intolerância religiosa.

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