terça-feira, 12 de junho de 2012


Ativista @ContraPL122 afirma que falta envolvimento dos cristãos na luta contra o movimento homossexual: “os maiores prejudicados são os cristãos”. Leia na íntegra

Ativista @ContraPL122 afirma que falta envolvimento dos cristãos na luta contra o movimento homossexual: “os maiores prejudicados são os cristãos”. Leia na íntegra
O polêmico PL 122, que tramita no Senado, tem gerado movimentações sociais diversas, tanto pelo lado dos ativistas gays, que querem a aprovação do projeto com seu texto original, com sanções à pregações contra a prática homossexual, como por parte dos evangélicos, que querem que o projeto seja reprovado, por limitar o direito à liberdade de pensamento, expressão e crença, direitos garantidos constitucionalmente.
Na linha de frente do movimento contrário ao PL 122 há líderes evangélicos, como o pastor Silas Malafaia e os parlamentares Marco Feliciano e Magno Malta, por exemplo, além do ativista cristão que criou um perfil em redes sociais para se manifestar contra o PL 122.
O perfil ativista ContraPL122, que através do Twitter e do Facebook recolheu 100 mil assinaturas a uma petição pública que solicita o fim da tramitação do projeto, é mantido por um cristão anônimo, que segundo seu relato, viu-se obrigado a “fazer alguma coisa” para garantir que os cristãos tenham garantido o direito de “expressar suas opiniões contra a prática homossexual”.
Em entrevista ao Gospel+, o autor do ContraPL122 afirma que por conta de sua iniciativa, é constantemente ofendido e chamado de homofóbico por sua posição contrária ao projeto.
O ativista também ressalta não possuir ligação com nenhum pastor evangélico de renome nacional, que esteja ou não ligado às ações contrárias ao PL 122 e afirma: “nem a minha própria Igreja me apoia”.
Demonstrando indignação com a falta de envolvimento dos evangélicos nas manifestações contrárias ao projeto que possui relatoria da senadora Marta Suplicy (PT-SP) afirma que falta esclarecimento: “Não sei o que as Igrejas e/ou associações enxergam do PL 122, mas não entendem que se for aprovado, o maior prejudicado é o povo cristão”.
Confira abaixo a íntegra da entrevista com o ativista “ContraPL122”:
Por que o senhor tomou a iniciativa de criar um perfil “ativista” no Twitter contra o PL 122?
A ideia de criar o perfil “ativista” surgiu em Maio do ano passado. Tomei essa iniciativa, pois não poderia ir à manifestação que ocorreria em Brasília em Junho. Então eu tinha que fazer alguma coisa, então criei o perfil, logo após criei uma abaixo-assinado contra PL 122 e conseguimos 100 mil assinaturas.
O senhor recebe ameaças nas redes sociais por sua postura contrária ao projeto?
Não chegam a ser ameaças. Mas muitas pessoas me ‘ofendem’ com palavras baixas, e o que sempre me chamam é de homofóbico por ser contrário ao projeto.
Além da questão de princípios bíblicos, quais são os pontos do PL 122 que trazem ameaças jurídicas aos brasileiros em geral e à liberdade de culto, crença e de expressão?
Bem lembrado. O PL 122 vai além da questão de princípios bíblicos. O PL122 é inconstitucional. Veja só:
- Ele altera a Altera a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989. Se um homossexual se sentir constrangido por algum veículo de comunicação, a pessoa que constrangeu vai para cadeia, assim como a lei do racismo. Porém, ninguém escolhe qual raça quer nascer, já nasce. Diferente do homossexualismo que é comportamental.
- O PL 122 é ilegítimo. Pode se dizer que uma lei é legítima, quando ela expressa os anseios, valores e vontade da sociedade que a envolve. De acordo com o último censo do IBGE, mais de 90% da sociedade brasileira é católica ou protestante. Qual a legitimidade desse projeto, então? Aqui não estamos contando outras tantas pessoas, que muito provavelmente estarão dentro desses 10% restantes, que, por outros tipos de convicção, que não religiosa, também não concordam por um motivo ou por outro.
- O PL 122 é imoral e totalitário, vai, essencialmente, de encontro àquilo que constitui a Moral da sociedade brasileira que, como afirmamos, é quase no todo, de uma tradição judaico-cristã. Este projeto nega tudo aquilo que corresponde aos anseios, usos e costumes da nossa sociedade. E por isso é imoral, isto é, nega a moral da nossa sociedade. Em nossa tradição moral não há espaço para discriminação nem preconceito. Do mesmo modo, não há espaço para tolhimento da liberdade de expressão, de convicção e de crença. A nossa moral nos diz que podemos ser aquilo que quisermos ser, assim como, também, que todos têm o direito de se posicionar e manifestar-se sobre esse ser ou não ser.
O projeto que está aí vai, frontalmente, de encontro a liberdade de expor ideias e opiniões. Por tudo isso é, flagrante e materialmente, inconstitucional.
Se alguém espanca ou mata um homossexual, assim como em uma heterossexual, já existe lei para defendê-lo. Em nenhum estado democrático de direito há espaço para privilégios legais para um grupo onde já existe lei para defender dos abusos cometidos contra eles.
Baseio-me nas considerações do Dr. Emanuel Jr. a respeito do projeto.
O projeto é de autoria de uma parlamentar que não se reelegeu. A senadora Marta Suplicy abraçou o projeto e tem tomado à frente nas negociações no Congresso. A seu ver, quais são os objetivos políticos dela?
Não posso afirmar com propriedade quais são os interesses políticos da senadora Marta Suplicy, mas não podemos negar que há um aumento de participantes no movimento GLBTT, então a meu ver, ela abraçou o projeto para quem sabe na próxima eleição, ela contar com os votos do movimento GLBTT.
Quais são as expectativas que o senhor tem em relação a tramitação do PL 122 no Poder Legislativo. Existe chance de o projeto ser aprovado?
Minhas expectativas era que o PL122 fosse sepultado no Poder Legislativo, mas eu ainda temo que isso não aconteça. Sinto que as pessoas que são contrárias ao projeto estão muito omissas. Sim, eu sei que são os parlamentares que votam, porém os eleitores deveriam fazer pressão neles para sepultar de vez o PL122.
A linha de pensamento da senadora Marta Suplicy é uma bandeira política pessoal dela, ou é uma diretriz política do Partido dos Trabalhadores, ao qual ela é filiada?
Além dos interesses políticos pessoais da senadora Marta Suplicy, como eu já comentei, também é uma diretriz política do PT. Está claro o objetivo do Partido dos Trabalhadores, eles querem calar a Igreja e todos àqueles que são contra o que eles defendem. Lembrando que é o mesmo partido que quer proibir a pregação do evangelho em TVs e Rádios e quer também, aprovar o aborto.
O envolvimento direto dos cristãos com a política é algo que o senhor concorda e acha necessário?
Concordo e é mais do que necessário. Se não fossem os cristãos, já estaríamos amordaçados há muito tempo. Aí vem a velha questão, ‘mas o estado é laico’, sim, o estado é laico, mas segundo o IBGE 90% da população brasileira é cristã. Somos nós que decidimos presidente, senador, deputado, governador, prefeito, então precisamos de pessoas que defendem nossos princípios cristãos dentro da política. Qualquer líder de um segmento da sociedade pode influenciar politicamente, e porque um religioso não? Quem pensa assim, têm mente fechada.
O senhor possui ligações com algum pastor de renome nacional ou com algum político que esteja ocupando algum cargo atualmente?
 Não. Não possuo ligação nenhuma. Todos os contatos que hoje eu possuo, foi através do perfil no Twitter.
Existem outras questões em discussão no país que são polêmicas, aos olhos da fé cristã, como por exemplo, o aborto. O senhor aborda temas como esses em suas ações de conscientização?
 Sim. Através das campanhas no Twitter e Facebook, além do PL 122, conscientizamos sobre outros temas polêmicos, como o aborto. Nossa bandeira é Contra PL 122, porém usamos desse espaço para defender nossos princípios.
Alguma igreja ou associação presta apoio ao trabalho que o senhor desenvolve?
Não. Para falar a verdade, nem a minha própria Igreja me apoia. Não sei o que as Igrejas e/ou associações enxergam do PL 122, mas não entendem que se for aprovado, os maiores prejudicados são o povo cristão, por não poder expressar mais sua posição em relação à prática homossexual.

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