O diretor-geral dos Carabineros do Chile --polícia chilena--, Eduardo Gordón, renunciou nesta sexta-feira ao seu cargo depois que uma bala policial matou um adolescente nas manifestações da semana passada além de uma denúncia de corrupção que o envolve diretamente.
Gordón apresentou sua renúncia após uma reunião de cerca de uma hora com o presidente Sebastián Piñera, que o convocou na véspera depois de uma denúncia que o acusava de fraudar uma ocorrência de trânsito para favorecer seu filho, e está intimado pelo governo a esclarecer o caso em 24 horas.
Segundo a denúncia, entregue ao Centro de Informação e Investigação Jornalística (Ciper), o general Gordón intercedeu para modificar um registro policial envolvendo um acidente de automóvel provocado pelo filho há um ano, que fugiu do local.
O Ciper mostrou as duas ocorrências, comparando a primeira, onde aparece o nome do filho do general, com a segunda, na qual "se desconhece maiores antecedentes".
Após tomar conhecimento da denúncia, o governo deu prazo de 24 horas para que o militar esclareça os fatos: "telefonei ao general Gordón e pedi para amanhã (...) um relatório detalhado sobre a veracidade ou não da informação que surgiu", revelou o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter.
O subdiretor dos Carabineiros, Gustavo González, garantiu que "nosso general não exerceu qualquer pressão neste procedimento ou em qualquer outro", e chamou a acusação de "infâmia para sujar o nome de nossa instituição".
Gordón serviu a instituição por 37 anos. "Não é fácil, é complexo ter que tomar essas medidas para manter a credibilidade e a confiança que a comunidade nacional tem nos Carabineiros do Chile", disse Gordón.
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