Emocionados, eles se abraçaram e relembraram os momentos de desespero.
Cláudia Soares e o neto dela foram salvos na Av. Bernardo Vasconcelos.
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O pedreiro Charles Pereira da Silva reencontrou nesta segunda-feira (2) Cláudia Soares e o neto dela, Fabrizzio, de quatro anos, ambos resgatados por ele durante uma enxurrada em Belo Horizonte. O encontro aconteceu no canteiro central da mesma avenida que alagou na última sexta-feira (30). Hoje, eles se abraçaram e ficaram emocionados. “Se não fosse pelo Charles eu poderia estar morta. Eu estava perdendo a força. Tinha que segurar o volante com uma mão e sinalizar para o meu neto, que não escuta, o que estava acontecendo”, disse Cláudia. O pedreiro ainda resgatou outra pessoa no mesmo local, na Avenida Bernardo Vasconcelos, Região Nordeste da capital.
Ela agradeceu ao pedreiro e disse que ele teve muita coragem porque muitas pessoas diziam para ele não tentar o resgate. “Eu só queria salvar meu neto. Estava voltando para casa. Não tive tempo de pensar. Foi tudo muito rápido. O carro estava sendo arrastado e pegou uma velocidade muito forte”, contou a avó. Cláudia ainda disse que teve dificuldade, dentro do carro, para soltar a trava da cadeirinha onde o neto estava.
Emocionado, Charles Pereira da Silva disse que ganhou um presente de aniversário antecipado. “Estou feliz só de ver eles vivos e bem. Faço aniversário este mês e esse é o meu presente. Com certeza, ganhei novos amigos”, explicou.
O marido de Cláudia, Geraldo Soares, disse que o pedreiro deve servir de exemplo para as outras pessoas. “O Charles para mim é um anjo. É terrível passar por isso e ele salvou minha mulher e meu neto”, falou.
Neste domingo (1º), Charles havia dito que queria reencontrá-los. "Eu queria ver o bebezinho. Encontrar a criança, a mãe e o rapaz do primeiro carro. Quem sabe bater um papo, fazer uma amizade. Ia ser muito gratificante para mim", pede.
Literatura em Libras
Em outubro de 2011, o G1 publicou uma reportagem sobre livros adaptados para a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Fabrizzio mostrou, na ocasião, sua paixão pelas histórias, mais próximas de sua realidade. Ele tem deficiência auditiva desde o nascimento, e os pais dele também têm surdez. Na reportagem, Cláudia conta como foi importante essa literatura adaptada para as pessoas que não escutam, e como ela melhorou a comunicação dela com a filha e com o neto. Atualmente, a mãe de Fabrizzio mora nos Estados Unidos.
Resgate
Nas imagens gravadas por Sibelle Tavares e enviadas para o VC no G1, vários carros são arrastados pela enxurrada, no fim da tarde de sexta-feira (30), na Avenida Bernardo Vasconcelos. Em um dos carros, o azul, está um homem, que foi resgatado por Silva.
Em outubro de 2011, o G1 publicou uma reportagem sobre livros adaptados para a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Fabrizzio mostrou, na ocasião, sua paixão pelas histórias, mais próximas de sua realidade. Ele tem deficiência auditiva desde o nascimento, e os pais dele também têm surdez. Na reportagem, Cláudia conta como foi importante essa literatura adaptada para as pessoas que não escutam, e como ela melhorou a comunicação dela com a filha e com o neto. Atualmente, a mãe de Fabrizzio mora nos Estados Unidos.
Resgate
Nas imagens gravadas por Sibelle Tavares e enviadas para o VC no G1, vários carros são arrastados pela enxurrada, no fim da tarde de sexta-feira (30), na Avenida Bernardo Vasconcelos. Em um dos carros, o azul, está um homem, que foi resgatado por Silva.
Depois, em outro vídeo, enviado pelo internauta Marcus Leandro Costa Pereira, com a água ainda subindo, passa um carro prata com uma mulher dentro, também sendo levado pela correnteza. Charles Silva aparece correndo pela calçada para chegar onde o carro está. Ele enfrenta a força da enxurrada e retira a criança e a mulher que dirigia. Segundo o pedreiro, a criança tinha cerca de um ano e parecia assustada.
“Tinha uma mulher dentro de um carro, depois que eu tirei o rapaz de dentro do primeiro. Ela levantou a criança, eu vi a criança, e aí não teve jeito de não ir. Eu pensei nos chiquinhos que eu tenho em casa. Chiquinhos são meus sobrinhos”, disse Silva, que tem 13 sobrinhos.
“Tinha uma mulher dentro de um carro, depois que eu tirei o rapaz de dentro do primeiro. Ela levantou a criança, eu vi a criança, e aí não teve jeito de não ir. Eu pensei nos chiquinhos que eu tenho em casa. Chiquinhos são meus sobrinhos”, disse Silva, que tem 13 sobrinhos.
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